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terça-feira, 1 de junho de 2010

Globo 01/06 - - Paulinho da Força faz 'terrorismo' sobre Serra

Líder do MST também afirma que tarefa do movimento será derrotar o tucano

Adauri Antunes Barbosa

SÃO PAULO. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, usou ontem a assembleia nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) para atacar o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e defender a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

Sem temer a provável quinta representação na Justiça Eleitoral por antecipação de campanha, Paulinho disse que é preciso defender o nome de Dilma, senão “fica aí esse sujeito (Serra) tentando ganhar a eleição”.

— Nós não podemos deixar esse José Serra ganhar as eleições. Como é que esse sujeito vai ser presidente da República? Vamos ter um conflito na sociedade brasileira com esse sujeito lá. Para impedir que esse conflito aconteça, a gente tem de derrotálo para que ele aprenda a tratar trabalhador — disse Paulinho.

Ele afirmou ainda que Serra, se eleito, “vai tirar os direitos do trabalhador”: — Vai mexer no Fundo de Garantia, nas férias, na licença-maternidade. Por isso, temos de enfrentá-lo na rua para ganhar dele em São Paulo.

Paulinho reclamou que já recebeu quatro processos por antecipação de campanha, dos quais dois resultaram em multas de R$ 7,5 mil cada, e não poupou o tucano. Irônico em discurso na assembleia dos Movimentos Sociais, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique Santos, também usou tom eleitoral: — É o governo do PPPP. Privatização, presídio, pedágio e paulada em professores e no movimento social. É disso que se trata a tentativa de PSDB e DEM de voltar a governar este país.

Convocada para aprovar uma pauta de reivindicações que será encaminhada a todos os candidatos a presidente, inclusive Serra, a CMS já havia decidido não apoiar formalmente um candidato a presidente. O MST não vai apoiar Dilma oficialmente, mesma posição da União Nacional dos Estudantes (UNE). Mas, como admitiu o coordenador do MST João Paulo Rodrigues, a tarefa do movimento é “derrotar Serra”: — Obviamente que a base do MST vai votar nas candidaturas de esquerda. Vamos ter gente que vai votar no Plínio (de Arruda Sampaio, do PSOL), possivelmente vai ter gente que vai votar na Marina (Silva, do PV), e obviamente vai ter muita gente que vai votar na Dilma O nosso grande empenho, e estamos conclamando a militância, os nossos aliados, é para derrotarmos o Serra. Isso, nós vamos fazer

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