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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Globo 10/06 - - Depois das ameaças, PMDB afaga Dilma

Partido, que conseguiu derrubar candidaturas de petistas, diz que estará unido

Gerson Camarotti

BRASÍLIA. A pretexto de entregar à pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, a proposta do PMDB de programa de governo, a cúpula do partido garantiu ontem ao PT que a convenção deste sábado está resolvida: o PMDB será majoritariamente a favor da aliança.

O recado foi dado pelo presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), que será oficializado como vice na chapa de Dilma. Após várias ameaças de rompimento, a entrega do programa de governo serviu como gesto simbólico dessa união.

O PMDB só recuou das ameaças esta semana, após ter conseguido o cumprimento de sua última exigência: o apoio do PT à candidatura do senador Hélio Costa (PMDB-MG) ao governo de Minas Gerais. Os dois partidos agora devem buscar acordos de “não agressão” nos estados onde a convivência ainda é problemática.

— Michel Temer disse que a convenção do PMDB está resolvida. Isso não significa que não vamos mais trabalhar para resolver impasses. Quanto mais se resolvem as questões nos estados e acordos de procedimento, melhor! — disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Ameaçando até abandonar a candidatura de Dilma, o PMDB conseguiu muitos desfechos favoráveis nas negociações com o PT.

No Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou para retirar a candidatura do ex-prefeito petista Lindberg Farias em favor da reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

Já na Bahia, o PMDB insistiu e manteve a candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima, onde o governador petista Jaques Wagner tentará a reeleição. Mas as exigências do PMDB continuam: no Paraná, há pressão para a retirada da candidatura ao Senado da petista Gleisi Hoffmann, para facilitar a eleição ao Senado do exgovernador Roberto Requião (PMDB), e, dessa forma, fechar uma aliança com o PDT.

No Ceará acontece o mesmo: o PMDB não quer a candidatura ao Senado do deputado José Pimentel (PT-CE), para não atrapalhar a candidatura do deputado Eunício Oliveira (PMDBCE) ao mesmo cargo. Já no Maranhão, com o PT local rachado, a tendência é a de que o diretório nacional decida amanhã pela neutralidade dos petistas — nem Roseana Sarney, nem o deputado Flávio Dino (PCdoB).

Ontem, também foram à reunião com Dilma os senadores peemedebistas José Sarney (AP), Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco. Além de Dilma e Dutra, o PT foi representado pelo secretário-geral, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), pelo líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) e pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

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