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sábado, 26 de junho de 2010

Folha 26/06 - - Painel

RENATA LO PRETE

Sujou geral

A cúpula do PSDB bem que tentou, ao longo do dia, minimizar a revolta do aliado DEM com a indicação do tucano Álvaro Dias para vice de José Serra e com a forma pela qual a notícia veio à tona -via Twitter do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Mas o dano causado foi muito além do que o comando da campanha poderia supor. À noite, o entorno de Serra já discutia seriamente a possibilidade de rever a escolha.
Em meio à chuva de declarações iradas dos "demos", chamou a atenção o silêncio do deputado José Carlos Aleluia -justamente o nome do partido mais bem colocado na lista de possíveis vices de Serra.



Brincadeirinha Circula na praça uma teoria segundo a qual a escolha de Álvaro teria sido um "truque" para forçar seu irmão, Osmar Dias (PDT), a anunciar apoio aos tucanos no Paraná, abandonando o projeto de disputar o governo e dar palanque a Dilma Rousseff (PDT. O PSDB nega. "Nunca faríamos esta molecagem", diz um dirigente próximo a Serra.

Pêndulo Osmar, que durante o dia deu aos tucanos reiteradas garantias de que, com o irmão na vice, não seria candidato ao governo, saiu de reunião com representantes do "outro lado", no início da noite, pedindo mais um dia para pensar.

Novela Por tudo isso, Álvaro já está sendo chamado de "vice Porcina": o que foi sem nunca ter sido.

Calcanhar A militância petista já colocou na rede vídeo no qual Álvaro aparece como responsável, quando governador, pelo uso da cavalaria da PM para reprimir manifestação de professores.

Vuvuzela O aliado Roberto Freire (PPS) ironizou no Twitter: "Só o PSDB, com seu tino de marketing, para indicar vice em dia jogo do Brasil". Cesar Maia (DEM) alfinetou: "Não creio que o Paraná seja mais importante que o Brasil". O deputado Ronaldo Caiado (GO) foi além: "Senador sem voto e odiado pelos professores".

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