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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dilma nega discussão sobre pacote fiscal

Debate é "absurdo e extemporâneo", diz candidata. Palocci também desmente hipótese
Flávio Freire

SÃO PAULO. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou ontem qualquer discussão em torno de um projeto de ajuste fiscal para um eventual novo governo petista.

Em meio à especulação de que sua equipe de campanha já estaria analisando a viabilidade de um pacote para tratar de questões desse gênero, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, Dilma considerou o debate absurdo e extemporâneo.

Eu não autorizo nenhuma avaliação a esse respeito. Seria um absurdo discutir qualquer questão sem que antes estejamos eleitos. Ademais, o Brasil de hoje não é igual ao Brasil de 2002. O país de hoje tem uma dívida líquida que está caindo, taxa de juros com todas as condições (de cair), inflação sob controle e convergindo para níveis internacionais. Por isso, não vejo nenhum sentido nessa discussão, ela é extemporânea disse a candidata, depois de uma visita ao Senai, no bairro paulistano do Braz.

Para Dilma, a discussão a partir de 2010 deve se dar na área do desenvolvimento. Horas antes, em corpo a corpo na sede da Mercedes-Benz, o exministro da Fazenda e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Antonio Palocci, também negou discussões nesse sentido.

Não sei de nada disso, a imprensa é que tem que explicar disse Palocci.

Candidata se encontra com Paulo Skaf Numa agenda acertada com o candidato do PSB ao governo paulista, Paulo Skaf, que posou ao lado de Dilma com a mulher e o filho, a candidata negou que o encontro seria o primeiro passo rumo a um eventual apoio de Skaf a Aloizio Mercadante (PT). Segundo a última pesquisa do Datafolha, o tucano Geraldo Alckmin tem chances de ganhar a eleição no primeiro turno, com 54% das intenções de votos.

Mercadante tem 16%.

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