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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Globo 21/09 - - Serra promete até 13º para o Bolsa Família

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que já prometera ampliar o Bolsa Família, afirmou ontem que, se eleito, pagará um décimo terceiro salário aos beneficiados pelo programa. A proposta foi feita durante debate com Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

Serra agora fala em 13º para Bolsa Família



Proposta se soma a promessas de elevar valor do benefício e aumentar mínimo. Temas regionais ficam de fora de debate no NE

Letícia Lins

RECIFE. Depois de prometer, ao longo de sua campanha, aumentar o salário mínimo para R$ 600, reajustar em 10% as aposentadorias e pensões do INSS a partir de 2011 e elevar gradualmente o valor do Bolsa Família, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez na madrugada de ontem nova proposta polêmica: estender o décimo terceiro salário para os beneficiários do Bolsa Família, que, só no Nordeste, somam mais de 6,4 milhões de pessoas.

Ele não informou, porém, o impacto nas contas públicas.

Serra fez a promessa em debate promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, do qual participaram também Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Embora o objetivo do debate, transmitido por dez emissoras de TV, fosse discutir propostas para a região, o tema passou ao largo da sabatina, já que os candidatos privilegiaram assuntos nacionais.

Plínio propôs a legalização da maconha e chamou a candidata do PT, Dilma Rousseff, de fujona. Segundo ele, Dilma não teve coragem de ir ao debate para não enfrentar questionamentos sobre as denúncias envolvendo a Casa Civil.

Durante o debate, nenhum dos candidatos apresentou propostas consistentes para o desenvolvimento sustentável do Nordeste. Ninguém definiu qual será o papel da Sudene, que encontrase em processo de sucateamento desde o governo passado.

Também não foi abordada a questão da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), cuja autonomia é reivindicada por autoridades nordestinas. O destino do Rio São Francisco, alvo do polêmico projeto de transposição, também não foi enfocado com profundidade.

Plínio ironizou alianças de Serra Os candidatos não apresentaram sugestões concretas para o desenvolvimento do semiárido nem previsão de investimentos em saneamento básico, outro grande problema do Nordeste, onde cerca de 70% da população não têm o serviço. Serra prometeu uma Secretaria do Semiárido, para cuidar do agreste e do sertão, mas de forma vaga.

Não houve definição para a implantação de um programa de recursos hídricos consistente para o Nordeste, onde a falta de água é um problema que afeta mais de 20 milhões de pessoas.

Enfim, os nordestinos continuaram sem saber qual seriam as políticas de desenvolvimento em um eventual governo do PSDB, PSOL ou PV.

O candidato do PSOL ironizou as alianças de Serra, citando um representante do coronelismo do Nordeste, presente na plateia: o senador Marco Maciel (DEM-PE), candidato à reeleição, aliado do tucano e que foi classificado como representante do atraso por Plínio. Serra defendeu o aliado: É um homem honesto e íntegro, não é atraso disse, enquanto Maciel ouvia tudo calado na plateia.

O debate foi o primeiro promovido por uma emissora regional com candidatos à Presidência exclusivamente para discutir os problemas da região. Mediado pelo jornalista Carlos Nascimento, contou com jornalistas de sete estados nordestinos.

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