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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Globo 16/09 - - Em troca de apoio do PMDB no interior, Lindberg pedirá votos para Picciani

Sérgio Cabral grava programas de TV e rádio para campanha conjunta

Marcelo Remígio

Os candidatos ao Senado pelo Rio Lindberg Farias (PT) e Jorge Picciani (PMDB) concordaram ontem em unir suas campanhas.

Embora na mesma chapa, eles faziam campanha separadamente.

Em reunião na casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, foi acertado material de propaganda conjunto. O governador também gravará inserções de 30 segundos para rádio e TV pedindo votos para os dois ao mesmo tempo. Petistas, que resistiam à ideia, passarão a pedir votos para Picciani.

Em troca da ajuda a Picciani, foi oferecido a Lindberg apoio de prefeitos do PMDB e aliados, reforço em sua campanha no interior e pedidos de votos por candidatos do PP. O petista também conseguiu a ajuda do PSC.

O partido integra a coligação, mas fazia campanha apenas para Picciani. Com o crescimento de Lindberg nas pesquisas de intenções de voto ele está tecnicamente empatado com Marcelo Crivella (PRB) e Cesar Maia (DEM) , o petista chega como solução para salvar a campanha de Picciani, em quarto lugar.

Os dois (candidatos) estão convencidos do que é bom para eles e para o Rio. No Senado, PT e PMDB são as maiores bancadas, e isso é uma diferença brutal, por exemplo, na hora de designar relatores de comissões e de projetos afirmou Cabral

União foi articulada por Dornelles e Eduardo Paes A insistência para que Picciani colasse sua imagem à de Lindberg partiu do senador Francisco Dornelles (PP) e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

Os argumentos foram o uso da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Crivella em seu material de campanha, e a possibilidade de eleição de Cesar Maia, que faz oposição ao governo federal.

A decisão de unir as campanhas me fortalece, principalmente no interior. É um reforço na reta final disse Lindberg.

O ambiente na casa de Cabral foi de cordialidade, com aperto de mãos entre Lindberg e Picciani.

Desde abril, os dois começaram a se desentender. Lindberg acusou Picciani de vazar informações sobre uma investigação do Ministério Público Estadual de uma denúncia de improbidade administrativa em seu primeiro governo em Nova Iguaçu, e de quebra de seu sigilo bancário.

Picciani negou e classificou a acusação como um comportamento criminoso. Lindberg também acusou Picciani de apoiar Benedita da Silva para a vaga do PT ao Senado.

A relação entre os dois desandou de vez após Lindberg afirmar que Lula faria campanha só para ele e para Crivella. Como retaliação, aliados de Picciani ignoraram o nome de Lindberg no material de campanha. Os petistas também retiraram o nome do peemedebista da propaganda.

Ontem à noite, estava prevista a primeira agenda de Lindberg e Picciani, numa casa de shows na Zona Norte.

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